A neve em Norilsk às vezes fica preta devido à poluição industrial excessiva, principalmente devido às emissões de partículas de fuligem e metais pesados provenientes das fundições de níquel e cobre da região. Esses poluentes se acumulam na superfície da neve, mudando sua cor branca natural para tonalidades escuras.
Norilsk fica além do Círculo Polar Ártico, no extremo norte da Sibéria. É a segunda maior cidade situada em uma zona polar, depois de Murmansk, e enfrenta um inverno rigoroso quase o ano todo. Sua própria existência depende da indústria de mineração e metalurgia: lá se extrai principalmente níquel, cobre e paládio. Esses metais lhe conferem fama mundial, já que a Norilsk Nickel é um dos maiores produtores mundiais de níquel. O problema é que essas indústrias muito pesadas também geram uma enorme poluição atmosférica e emissões nocivas. Grandes fábricas, construídas durante o período soviético, continuam a emitir a cada ano toneladas de enxofre e partículas finas de todos os tipos no céu de Norilsk. Não é surpreendente, então, que a neve às vezes fique preta!
Norilsk abriga uma das maiores fábricas de níquel e cobre do mundo. Esses complexos industriais despejam regularmente grandes quantidades de dióxido de enxofre, metais pesados e poeiras finas na atmosfera. Boa parte desses gases poluentes vem da fusão do minério, um processo indispensável para isolar esses metais. O tratamento intensivo desses materiais libera muitas partículas escuras carregadas de carbono e outros compostos químicos. Com os ventos, essas poeiras acabam se depositando na neve e lhe conferem essa cor preta particularmente preocupante. Norilsk é, portanto, regularmente classificada entre as cidades mais poluídas do mundo devido à sua indústria metalúrgica massiva.
Em Norilsk, as fábricas liberam no ar toneladas de poeira industrial contendo metais pesados, carvão queimado e outros resíduos químicos. Essas finas partículas muito leves são transportadas pelo vento a quilômetros ao redor da cidade. Quando finalmente caem, especialmente com as precipitações de neve, elas cobrem a neve com uma camada escura. O fenômeno é intensificado no inverno: à medida que queimamos mais combustíveis para gerar energia e aquecimento, as emissões poluentes são intensificadas, e a neve fresca captura facilmente essas poeiras em suspensão. Além disso, a estabilidade do ar frio invernal limita sua dispersão, favorecendo assim seu depósito localizado na neve circundante.
A neve negra em Norilsk não é algo trivial: as partículas de metais pesados e os poluentes atmosféricos depositados contaminam diretamente os solos, a água e as plantas. Isso perturba especialmente o crescimento das plantas e a vida animal, ameaçando seriamente a biodiversidade local. Os habitantes também sofrem: a poluição por partículas finas aumenta os problemas respiratórios, distúrbios cardiovasculares e alergias. Viver diariamente com essa poluição também favorece um aumento do risco de doenças crônicas na população local, tanto em crianças quanto em adultos. Enfim, o impacto é pesado, tanto para a saúde humana quanto para a dos ecossistemas ao redor.
A redução da poluição em Norilsk passa sobretudo pela modernização das instalações industriais da cidade. Algumas fábricas estão considerando o uso de filtros mais eficientes para capturar as partículas responsáveis por essa neve negra. Também se aposta em uma transição gradual para fontes de energia mais limpas — como às vezes o gás natural em vez do carvão. Para acompanhar essas medidas técnicas, as autoridades incentivam mais controles ambientais, a fim de garantir que as normas antipoluição sejam de fato respeitadas. Alguns especialistas também sugerem a ideia de ampliar ou criar mais zonas verdes ao redor da cidade para limitar um pouco os efeitos nocivos sobre o meio ambiente e a saúde dos habitantes. Essas medidas não resolverão tudo da noite para o dia, mas podem realmente melhorar as coisas a longo prazo.
De acordo com alguns estudos, Norilsk é uma das cidades mais poluídas do mundo, ultrapassando às vezes os limites recomendados pela OMS por várias dezenas de vezes.
Norilsk é uma cidade fechada: é necessário obter uma autorização especial das autoridades russas para poder visitá-la, especialmente devido à sua importância industrial estratégica.
A poluição em Norilsk provém principalmente da produção de níquel, cobre, cobalto e paládio, metais indispensáveis às novas tecnologias, como as baterias dos veículos elétricos.
A cada ano, cerca de duas milhões de toneladas de dióxido de enxofre são emitidas no ar pelas empresas industriais de Norilsk, o que equivale quase ao total das emissões de enxofre de toda a França.
A população de Norilsk está, de modo geral, ciente da gravidade do problema. Algumas associações locais tentam alertar as autoridades sobre os riscos relacionados a essa poluição e exigem medidas rigorosas para limitar as emissões industriais.
O governo russo, assim como as empresas locais, anunciou vários planos para modernizar as instalações industriais, incluindo a melhoria dos sistemas de filtragem de fumaça, a adoção de tecnologias menos poluentes e o fortalecimento dos controles ambientais.
Instituições como o Greenpeace ou a Organização Mundial da Saúde acompanham de perto a complexa situação ecológica em Norilsk. No entanto, os controles e as recomendações internacionais permanecem limitados em sua aplicação local, principalmente devido à especificidade geográfica e política da região.
Sim, a neve negra provém principalmente de partículas provenientes de atividades industriais, como a produção de níquel e cobre. Essas partículas frequentemente contêm poluentes químicos perigosos para a saúde respiratória e cardiovascular dos residentes.
Sim, fenômenos semelhantes podem ser observados nas proximidades de outros grandes centros industriais, onde as atividades de mineração e metalurgia emitem partículas poluentes, especialmente na China e na Índia, ou ainda em regiões carboníferas como a bacia de carvão do Donbass.

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